quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Gilberto Carvalho diz ter informado PDT que Lupi 'continua ministro' (Postado por Erick Oliveira)

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou nesta quarta-feira (23) ter informado ao PDT que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, “continua ministro”. Ele se reuniu nesta terça (22) com o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), pouco antes da reunião da executiva do partido.
“O Lupi continua trabalhando. O Paulinho da Força veio falar comigo sobre assuntos sindicais. Convidar para eventos sindicais. A questão do Lupi, perguntado eu disse: ‘Paulinho, o Lupi continua ministro. A vida segue’”, disse o ministro.
Lupi é alvo de denúncias pelo uso supostamente irregular de um avião particular cujo aluguel teria sido pago por um dirigente de ONG que mantém contrato com o ministério.
Carvalho também comentou notícias de que o PDT discutiria a saída de Lupi do Ministério do Trabalho antes da reforma ministerial. "Ele [deputado Paulinho] não falou isso para mim ontem. Ontem ele me disse que o partido apoiava o ministro Lupi. Aqui não é parlamentarismo. A presidenta é que toma decisão", afirmou.
O ministro disse que a postura do PDT é de defender a permanência de Lupi. "Não há nenhuma manifestação formal do PDT de se retirar da base aliada. Pelo contrário é uma reafirmação."
Reunião do PDT
Por decisão da maioria dos integrantes da comissão executiva do partido, o PDT declarou, na noite desta terça (22), apoio ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
"A maioria absoluta do partido reitera apoio ao ministro Lupi. Não tem cogitação de substituição do ministro. Tirá-lo seria uma confissão de uma dívida que não devemos", afirmou o líder do partido na Câmara, deputado Giovanni Queiroz (PA).
Apesar do anúncio do apoio, o PDT decidiu não formalizar a posição em uma nota oficial. Lupi participou da reunião, na sede do partido, mas saiu ao final sem dar declarações.
Após questionamentos da imprensa sobre a ausência de nota de apoio a Lupi, a assessoria do partido afirmou que será providenciada uma "moção" de apoio, a ser publicada no site do PDT.
Durante a reunião, houve divergências entre parlamentares que apóiam Lupi e os que defenderam publicamente a saída do ministro. O senador Pedro Taques (PDT-MT), que defende que o partido deixe o ministério, disse que não assinará o documento.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Lupi diz que 'não há nenhuma possibilidade' de deixar governo (Postado por Erick Oliveira)

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou nesta terça-feira (22) que "não há nenhuma possibilidade" de ele deixar o cargo em razão da perda de apoio de seu partido, o PDT. Lupi é alvo de denúncias de desvio de verba na pasta e de uso irregular de avião particular que teria sido pago por um dirigente de ONG.
"Não há nenhuma possibilidade disso [sair do ministério]", afirmou Carlos Lupi ao ser questionado sobre a possibilidade de a executiva de seu partido, o PDT, defender nesta terça, após reunião, sua saída do governo. Ele falou sobre o assunto após o lançamento de um livro na sede do Ministério do Trabalho.
"A melhor resposta para quem se julga injustiçado é o trabalho. Vou continuar trabalhando", completou o ministro.
Carlos Lupi comentou ainda a reunião de seu partido para definir se a legenda apoia ou não a permanência do ministro à frente da pasta. Presidentes dos diretórios, além das bancadas do PDT na Câmara e no Senado estarão presentes ao encontro, que ocorrerá na sede do partido, em Brasília.
Para Lupi, a reunião da executiva é uma reunião de debate da situação. Disse ainda que o partido é democrático e respeitará seu desejo de ficar.
Em entrevista nesta segunda (21), Lupi afirmou que o PDT apoiará o governo Dilma mesmo se perder o ministério. "O que vai haver na reunião é um debate. Não temo perder o ministério. O PDT apoia o governo Dilma com ou sem ministérios", disse. "Estou pronto para a luta", acrescentou.
Denúncias
Segundo denúncias publicadas na imprensa, Lupi teria voado, em 2009, em uma aeronave providenciada pelo empresário Adair Meira, dirigente de ONGs beneficiadas posteriormente por convênios com o Ministério do Trabalho.
Antes dessa denúncia, o ministro já respondia a acusações sobre a existência de um esquema de arrecadação de propinas junto a ONGs que têm convênios com a pasta. Os recursos obtidos seriam usados para abastecer o caixa do PDT.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Lupi devolve R$ 1,7 mil de diárias de viagem, informa ministério (Postado por Lucas Pinheiro)

O Ministério do Trabalho informou na tarde desta sexta-feira (18) que o ministro Carlos Lupi devolveu R$ 1.736,90 referente a diárias recebidas durante viagem em avião particular ao Maranhão, em 2009. Na viagem, Lupi cumpriu agenda oficial e também compromisso partidário - o ministro é filiado ao PDT.

Além da devolução do dinheiro pelo ministro, a assessoria do ministério disse que todas as informações sobre a viagem foram enviadas nesta sexta à Controladoria-Geral da União (CGU).

Na manhã desta sexta, Lupi não quis falar sobre as denúncias de que utilizou um avião cujo aluguel teria sido pago por uma ONG beneficiada por convênio com a pasta, segundo informou a revista "Veja". “O que eu tinha para falar eu já falei”, disse Lupi. Na quinta, ele prestou esclarecimentos à Comissão de Assuntos Sociais do Senado.

O ministro participou nesta sexta do anúncio dos números de outubro de 2011 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). “Hoje eu só falo sobre Caged”, afirmou.

Lupi aceitou falar apenas sobre o requerimento apresentado pela senadora Katia Abreu (PSD-TO) durante audiência realizada nesta quinta (17) na Comissão de Assuntos Sociais do Senado.

Ela apresentou requerimento pedindo a prestação de contas do convênio firmado entre a ONG Pró-Cerrado, do empresário Adair Meira, e o Ministério do Trabalho.

Reportagem do jornal "O Globo" desta sexta mostra que o Ministério do Trabalho engavetou por quase três anos relatório da Controladoria Geral da União (CGU) sobre supostas irregularidades num dos convênios da Pró-Cerrado para a qualificação profissional de jovens em Goiânia. O relatório, segundo o jornal, trazia advertências sobre supostas irregularidades na execução do convênio.

De acordo com a assessoria da senadora, o requerimento será votado na próxima sessão da comissão. Katia Abreu quer receber as informações sobre o convênio pois disse ter recebido denúncias de que a ONG teria pago um avião utilizado por Lupi durante viagem ao Maranhão em 2009.

“Tenho que esperar chegar [o pedido] para responder ao questionamento, mas minha equipe já está trabalhando nisso e na segunda ou terça deve estar pronto”, afirmou Lupi.

Relação com Meira
Reportagem do "Jornal Nacional" mostrou que o diretor de ONGs que providenciou o avião afimou ter recebido Lupi em sua casa para um jantar. "O jantar foi para lideranças do PDT em homenagem ao ministro e a sua comitiva, que estavam visitando Goiás", disse Adair Meira.

No depoimento desta quinta-feira (17), Carlos Lupi reconheceu que participou do jantar na casa de Adair Meira.

Contradição
No dia 10 de novembro, Lupi foi à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para falar sobre o suposto esquema de desvio de verbas públicas e negou ter relações pessoais com Meira ou ter viajado em avião dele ou pago por ele.

Nesta quinta, uma semana após o primeiro depoimento, Lupi voltou ao Congresso, desta vez no Senado. Em depoimento à Comissão de Assuntos Sociais, ele admitiu o uso de um avião particular, em viagem ao Maranhão em 2009, mas negou que tenha mentido ao afirmar que não conhecia o empresário Adair Meira.

O avião utilizado pelo ministro teria sido providenciado por Adair. O ministro afirmou aos senadores que Ezequiel Nascimento, ex-secretário de Políticas Públicas e Emprego do ministério, é quem tem de explicar quem pagou a viagem. "Eu fui de carona do Ezequiel. Compete ao Ezequiel e à companhia aérea [explicar]".

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

'Não disse que não o conheço', afirma Lupi sobre dirigente de ONG (Postado por Erick Oliveira)

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, admitiu o uso de um avião particular, em viagem ao Maranhão em 2009, mas negou nesta quinta-feira (17), em depoimento de três horas à Comissão de Assuntos Sociais do Senado (confira o minuto a minuto da sessão), que tenha mentido ao afirmar que não conhecia o empresário Adair Meira.
Meira é dirigente de ONGs posteriormente beneficiadas por convênios com a pasta. O avião utilizado pelo ministro teria sido pago pelo dirigente. O ministro afirmou aos senadores que Ezequiel Nascimento, ex-secretário de Políticas Públicas e Emprego do ministério, é quem tem de explicar quem pagou a viagem. "Eu fui de carona do Ezequiel. Compete ao Ezequiel e à companhia aérea [explicar]", afirmou
Na última quinta (10), Lupi foi à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para falar sobre o suposto esquema de desvio de verbas públicas e negou ter relações pessoais com Meira. "Nunca andei em jatinho de Adair, não o conheço (...) Não tenho nenhum tipo de relação com ele",” disse Lupi na ocasião.
Nesta quinta, ele leu o trecho das notas taquigráficas de sua fala na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. "Eu não menti. Eu não disse em nenhum momento que não andei na aeronave."
O ministro afirmou que não memorizou ou guardou o nome de Adair Meira quando o conheceu. "A memória às vezes falha, eu sou humano (...) Quantos ministros e deputados podem ter usado avião em atividades rotineiras de quem não conhece? Meu erro foi não checar com a apuração que devia. Isso foi o que aconteceu."
No início desta semana, foi divulgada uma foto de Lupi desembarcando em um turbo-hélice King Air. Em nota divulgada na semana passada, o Ministério do Trabalho havia dito que, durante a viagem ao Maranhão, o ministro andou somente em um bimotor Sêneca “de responsabilidade do PDT”.
O empresário Adair Meira contradisse Lupi ao afirmar que esteve com o ministro na mesma aeronave em um dos trechos da viagem. Ele confirmou ter intermediado o aluguel do King Air, mas negou ter arcado com os custos.
Relacionamento com Meira
Nesta quinta, Lupi explicou as declarações sobre seu relacionamento com Meira. "Nunca neguei que o conheço [Adair]. Eu disse que não tinha relação [com ele], o que é diferente", afirmou. No depoimento, Lupi disse que conheceu Adair Meira em 2009, durante viagem ao Maranhão, quando utilizaram a mesma aeronave.
Sobre a viagem ao Maranhão, Lupi disse que por ser uma atividade partidária, pediu ao PDT que organizasse a viagem e que não tomou conhecimento sobre como foram pagas as aeronaves. "Eu não pedi aeronave, não tenho obrigação de saber. Então eu quero saber do que estou sendo acusado."
Lupi também afirmou que utilizou a aeronave a convite de Ezequiel Nascimento, ex-secretário de Políticas Públicas e Emprego. "Eu fui de carona do Ezequiel. Compete ao Ezequiel e a companhia aérea [explicar]", afirmou.
Adair Meira disse que recomendou a Nascimento que alugasse o King Air utilizado por Lupi no Maranhão.
"Eu disse que não tinha andado em avião pessoal [de Adair Meira], é diferente você andar em um taxi-aéreo. Todo avião de carreira é também de um dono", afirmou Lupi.
O ministro disse ainda que “não é crime conhecer as pessoas” e que tem a “melhor referência” das instituições dirigidas por Adair Meira. Lupi reclamou de uma "“tentativa de linchamento”" contra ele e de um “processo de ataques que, segundo afirmou, não se sustenta”.
PDT
Senadores do PDT defenderam que o partido entregue o ministério ao governo e não indique substituto para chefiar a pasta. Lupi, no entanto, afirma que a presença do PDT no governo é a afirmação da causa histórica defendida pelo partido.

Lupi disse que ganhou inimigos por ser "leal" à sua causa e afirmou que "“forças reacionárias"” se aproveitam da situação.
"“Nós temos que ter cuidado para não ser instrumento de forças reacionárias que se aproveitam da situação para nos dividir, para não ser instrumento de forças que não conseguem mais se eleger, perdendo eleições presidenciais, que acham que no tapetão podem ganhar do governo”", declarou.
Durante audiência na comissão, Lupi disse que é preciso fazer um debate sobre o direito de defesa na imprensa. "“A imprensa tem que debater um pouco o direito de defesa. Essa discussão tem que ser travada"”, afirmou.
Apesar das críticas, o ministro afirmou que “não se pode "silenciar a democracia e cercear a liberdade de imprensa"”.
 

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Presidente do PDT se reúne com ministro do Trabalho nesta quarta (Postado por Erick Oliveira)

O presidente em exercício do PDT, deputado federal André Figueiredo (CE), se reuniu nesta quarta-feira (16) com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Também participou do encontro o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, presidente da Força Sindical.
O encontro começou por volta das 13h30 e estava em andamento às 14h30. O encontro, confirmado pela assessoria de imprensa do deputado, aconteceu na sede do Ministério do Trabalho.
Mais cedo, o ministro Carlos Lupi se reuniu com a presidente Dilma Rousseff para falar sobre as denúncias publicadas na revista "Veja", de que andou em um avião que teria sido pago por Adair Meira, dirigente de ONGs posteriormente beneficiadas por convênios com o ministério.
De acordo com a Secretaria Geral da Presidência, Lupi disse que não andou em jato pago por ONG e reafirmou inocência. Conforme a secretaria geral, a presidente Dilma aguarda a defesa do ministro.
Segundo Cristiana Lôbo, Carlos Lupi prometeu apresentar nota fiscal do fretamento da avião para comprovar que a contratação do voo foi feita pelo partido dele, o PDT. Com isso, as movimentações pela saída de Lupi ficam em suspenso até que o ministro comprove o pagamento do voo.
Foto em avião
Foto divulgada pelo site “Grajaú de Fato” durante o feriado mostra Lupi em um turbo-hélice King Air com prefixo PT-ONJ. Segundo o proprietário do portal, Fúlvio Costa, a foto foi tirada em 2009, quando Lupi desembarcava em Grajaú, no Maranhão, depois de ter passado pela cidade de Imperatriz. No último fim de semana, o Ministério do Trabalho divulgou nota dizendo que Lupi apenas utilizou o modelo Sêneca durante a agenda no Maranhão. O Ministério do Trabalho não comentou a divulgação da foto.
Em depoimento na Câmara na última quinta (10), Lupi negou ainda que tenha andado no mesmo avião que Adair. “Nunca andei em jatinho de Adair, não o conheço (...) Não tenho nenhum tipo de relação com ele, apenas ter conhecido em algum evento público, isto é normal”, disse.
Ao G1 nesta terça, Adair Meira afirmou que o ministro Carlos Lupi andou em dois modelos de aeronaves durante viagem em 2009 pelo Maranhão, um bimotor Sêneca e um turbo-hélice King Air. Adair confirmou ter intermediado o aluguel do King Air, mas negou ter arcado com os custos. Ele voltou a afirmar que conhece o ministro Carlos Lupi.
Comissão do Senado
Nesta quinta, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou convite para que o ministro do Trabalho preste esclarecimentos sobre as novas denúncias envolvendo o uso da aeronave particular.
O depoimento de Lupi na comissão foi marcado para esta quinta (17), às 9h30. A Secretaria da Comissão informou que o ministro confirmou presença. Os requerimentos com o convite a Lupi foram apresentados por parlamentares da oposição e governistas. Assinaram o documento os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR), Ana Amélia (PP-RS), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Ana Rita (PT-ES). O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) também defendeu a vinda do ministro.
Desde a semana passada, o ministério do Trabalho é alvo de denúncia de irregularidades envolvendo entidades. No ultimo fim de semana, a revista "Veja" publicou reportagem que afirma que Lupi andou em avião pago por Adair Meira.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Lupi diz que ama presidente Dilma e pede desculpa por declarações (Postado por Erick Oliveira)

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, pediu desculpas à presidente Dilma Rousseff pelas declarações de que só sairia do cargo "abatido à bala" durante audiência na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (10). Conforme apuração do jornal "O Globo, as declarações sobre sua manutenção no cargo não teriam sido bem aceitas por Dilma, que deixou claro para Lupi que ela é quem decide quem fica ou quem sai do governo.
“Presidente, desculpe se eu fui agressivo, não foi minha intenção, eu te amo”, disse Lupi durante o depoimento aos deputados - acompanhe no vídeo acima o depoimento ao vivo.
“Como vou desafiar a presidente Dilma? Eu a conheço há 30 anos. Não é cargo que nos guia na vida, é a causa”, completou Lupi. O ministro alegou inocência das acusações de suposto desvio de verbas na pasta e disse se sentir “profundamente agredido” pelas denúncias.
Lupi foi à comissão para esclarecer reportagem publicada no fim de semana pela revista "Veja" que apontou envolvimento de funcionários da pasta em um suposto esquema de desvio de recursos de convênios com entidades privadas. Por conta das denúncias, o ministro Carlos Lupi afastou no sábado (5) o coordenador de qualificação da pasta.
Ele compareceu espontaneamente à comissão para evitar ser convocado. Parlamentares da oposição haviam apresentado requerimento de convocação, mas retiraram o pedido diante da iniciativa do ministro. “Vim porque considero uma obrigação. É meu dever dar explicações”, disse Lupi aos deputados.
Durante o depoimento na Câmara, Lupi afirmou ainda que “tem muita gente querendo dar [o primeiro tiro]”. Em seguida, disse que fez a declaração porque gosta de “fazer o embate”, mas voltou a dizer que não quis desafiar a presidente Dilma Rousseff.
Lupi também comparou as denúncias a “um tribunal de inquisição” e desafiou que as provas sejam mostradas. “Se alguém fez algo no ministério foi individual e que pague. Pedi à Polícia Federal para ir fundo”. “Corrupção dentro do meu ministério e do meu meu partido não há. Ninguém vai macular minha vida", afirmou.
Ele também classificou as acusações como “infundadas”. Segundo ele, não se pode misturar problemas administrativos com problemas de corrupção.
Confiança
Lupi disse ter total confiança em seu ex-chefe de gabinete Marcelo Panella, que estaria envolvido nas irregularidades. “Não tem possibilidade do Marcelo Panella estar envolvido em nada que seja irregular”, disse. “Nunca fizemos esquema. Estou afirmando isso. Coloco toda confiança nesse meu companheiro [Panella]”, concluiu.
Segundo reportagem da “Veja”, deputados teriam relatado a Giles Azevedo, chefe de gabinete da presidente Dilma Rousseff, a cobrança de propina a organizações não-governamentais contratadas pelo ministério do Trabalho. Em nota, Giles negou ter recebido as denúncias. Tal fato teria causado a demissão de Panella. Segundo Lupi, Panella deixou o ministério por problemas de saúde.
Lupi também foi questionado se teria utilizado um jatinho de Adair Meira, que controla duas ONGs - a Fundação Pró-Serrado e a Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi) – que estariam envolvidas em irregularidades. “Nunca andei em jatinho de Adair, não o conheço (...) Não tenho nenhum tipo de relação com ele, apenas ter conhecido em algum evento público, isto é normal”, disse.
O ministro disse que vai acompanhar as investigações. “Não vou me conformar enquanto isso não chegar ao fim”.
Convênios
Lupi disse ainda que, de 2003 a 2007, o ministério firmou 491 convênios com ONGs. Segundo ele, 97 ainda estão em execução, seis apresentam pendências, 10 estão em análise, quatro prestações de contas foram rejeitadas e oito precisam apresentar documentos adicionais.
Ele afirmou que os convênios da pasta com ONGs são feitos por meio de chamada pública. “Não indicamos, não direcionamos, não temos como vetar participação de ninguém”. De acordo com Lupi, “pode ter tido falha na execução dos projetos, que pode ser sanada, e a ONG tem prazo para cumprir”.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Lupi diz que frase sobre só sair 'abatido à bala' não é desafio a Dilma (Postado por Erick Oliveira)

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse nesta quarta-feira (9) que as declarações de que só sairia do cargo "abatido à bala" não são um desafio à presidente Dilma Rousseff.
Perguntado se as declarações eram um desafio a Dilma, ele afirmou: "Estou desafiando a onda de denuncismo que o Brasil virou. Eu estou desafiando a gente macular a honra das pessoas sem direito de defesa. Eu estou desafiando aqueles que mentem. Eu estou desafiando aqueles que usam da mentira um instrumento para acabar com a reputação das pessoas", disse Lupi em reunião no Plano Brasil Sem Miséria, em hotel de Brasília.
Lupi disse que a crise na pasta já está superada. Segundo ele, tudo já está "documentado, explicado e entregue à mídia". "Quem não deve, não teme", completou.
Ao ser questionado se o ministro seria a "bola da vez" – em referência a atual crise, Lupi brincou: "Só se for a bola sete, que é a bola que dá a vitória".
Lupi afirmou ainda não ter indícios de que a equipe da cúpula do ministério tenha envolvimento em irregularidades. Segundo ele, o afastamento do coordenador de qualificação da pasta, Anderson Alexandre dos Santos, ocorreu porque ele, Lupi, "gosta de transparência".
"Eu não posso impedir que tem alguém no vigésimo escalão na ponta que tenha feito alguma coisa errada, se tiver feito, cadeia para o corrupto e para o corruptor", disse.
Relatório do TCU
Com relação ao relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que aponta irregularidades em mais de 500 contratos no ministério do Trabalho, Carlos Lupi desmentiu e revelou que houve "deformação da informação".
"Não tem 500 que não foram fiscalizadas, tem cerca de 186 que não foram colocados no Sistema Integrado de Informação, o Siaf. Então as pessoas pecam com a informação e deformação a informação" afirmou Lupi.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ministério do Trabalho faz sindicância para apurar denúncia de propina (Postado por Erick Oliveira)

O Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) decidiu instaurar comissão de sindicância para apurar denúncias de que assessores do ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), teriam exigido propina de ONGs conveniadas à pasta para liberar repasses de verbas.
A denúncia foi veiculada em reportagem da revista "Veja" no fim de semana citando parlamentares e servidores púlicos. Por conta das denúncias, o ministro Carlos Lupi afastou no sábado (5) o coordenador de qualificação da pasta, Anderson Alexandre dos Santos. O G1 não conseguiu contato com Anderson Santos.
A instauração da sindicância foi publicada nesta terça-feira (8) no "Diário Oficial da União". A comissão de sindicância terá 30 dias para conclusão dos trabalhos. Na mesma portaria, o ministro Carlos Lupi oficializou o afastamento cautelar, durante o período das investigações, o servidor Anderson Alexandre dos Santos.

Comissão de Ética
A Comissão de Ética da Presidência abriu nesta segunda-feira (7) um procedimento em que pede esclarecimentos ao ministro. Com a abertura do procedimento, a relatora, Marília Muricy, poderá pedir documentos e explicações ao ministro. Ao final da investigação, Lupi poderá ser punido com uma “cesura ética” ou até mesmo ter sua demissão recomendada pela comissão.
O ministro afirmou nesta segunda-feira (7) que seu cargo está à disposição da presidente Dilma Rousseff, mas que é "osso duro de roer" e vai cobrar apuração das denúncias envolvendo a pasta.
Em reunião de líderes na segunda, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, não comentou as denúncias que envolvem Carlos Lupi, mas afirmou que o governo “tem obrigação de prestar todos os esclarecimentos”.
“Os ministros têm sido reiteradas vezes acionados para prestarem esclarecimentos. E é extremamente importante todos terem a noção de que estamos [tomando] providências no sentido de ter uma fiscalização mais eficiente”.
"A presidente acabou de assinar um decreto extremamente relevante com relação às ONGs, inclusive fazendo um verdadeiro pente fino nos próximos trinta dias [...]. Então vamos tocar o país e o mais importante é tocar nesta lógica que estamos fazendo: ou seja, um país crescendo , distribuindo renda, gerando emprego", concluiu a ministra.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

'Sou osso duro de roer', diz ministro do Trabalho sobre denúncias (Postado por Erick Oliveira)

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou nesta segunda-feira (7) que seu cargo está à disposição da presidente Dilma Rousseff, mas que é "osso duro de roer" e vai cobrar apuração das denúncias envolvendo a pasta.
"O cargo está sempre à disposição da presidente. Agora, eu sou osso duro de roer. Eu quero ver até onde vai essa onda de denuncismo. Eu quero que se apure com profundidade e se prenda, cadeia, para o corrupto e para o corruptor", disse Lupi à TV Globo no início da tarde no aeroporto de Brasília ao chegar do Rio, onde passou o fim de semana.
Reportagem publicada neste fim de semana pela revista "Veja" aponta envolvimento de funcionários da pasta em um suposto esquema de desvio de recursos de convênios com entidades privadas. Por conta das denúncias, o ministro Carlos Lupi afastou no sábado (5) o coordenador de qualificação da pasta, Anderson Alexandre dos Santos. O G1 não conseguiu contato com Anderson Santos.
Carlos Lupi afirmou que quer se reunir com a presidente Dilma para explicar a ela as denúncias envolvendo a pasta. No entanto, não há previsão de o ministro ser recebido por Dilma nesta segunda.
No fim de semana, Lupi afirmou, por meio de sua assessoria, que solicitou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a Polícia Federal seja "acionada imediatamente" para apurar as denúncias.
"Pedi ao Ministro da Justiça que, através da Policia Federal, leve as investigações até o fim, e aponte nomes, registros telefônicos e tudo mais que possa ser identificado como prova. (...) Se tem alguém usando a estrutura do ministério para desviar dinheiro público, que seja devidamente enquadrado e responda por isso", afirmou Lupi, em nota divulgada pela assessoria.
Representação
Mais cedo nesta segunda, parlamentares do PDT, partido do ministro, afirmaram que estudam uma representação na Procuradoria Geral da República contra Lupi.
A representação foi discutida nesta manhã pelos senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Cristovam Buarque (PDT-DF), além dos deputados federais Reguffe (PDT-DF) e Miro Teixeira (PDT-RJ). A assessoria do Ministério do Trabalho afirmou que Lupi não vai se manifestar "por enquanto" sobre o assunto.
"Não podemos cair na opção de não analisar. Então, estamos estudando entrar com uma representação na PGR. Eu entendo que a representação tem de ser feita pelo próprio PDT na PGR. Não podemos pré-julgar, mas sabemos que a posição é grave", disse Taques.
O senador disse que conversou com o ministro Carlos Lupi por telefone ainda no final de semana. Segundo ele, Lupi pretende chamar uma reunião com os parlamentares nesta terça para explicar as denúncias de irregularidades envolvendo sua pasta.
Centrais sindicais
Nesta segunda pela manhã, a Força Sindical, presidida pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, e mais quatro centrais sindicais divulgaram nota de apoio a Lupi.
"As centrais sindicais signatárias deste documento manifestam solidariedade ao ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, que está sendo vítima, assim como o movimento sindical, de uma sórdida e explícita campanha difamatória e de uma implacável perseguição política, que visa a desestabilização do governo e o linchamento público do titular da pasta."

sábado, 5 de novembro de 2011

A resposta de Lupi à Veja

Do Blog do Miro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A atitude do Ministro Carlos Lupi diante das denúncias publicadas hoje, mesmo sendo partidas da Veja, foi correta e inteligente.Não apenas afastou o assessor Anderson Santos, acusado pela revista, como pediu um inquérito da Polícia Federal e anunciou o pedido ao Ministério Público de uma investigação.Lupi tem razão em dizer que as denúncias não podem ficar no anonimato e deu uma informação muito relevante ao site do jornalista Sidney Rezende: o tal instituto Epa, citado pela Veja, nem mesmo teria recebido recursos do ministério:“Quando questionado sobre o Instituto Êpa, com sede em Rio Grande do Norte, Carlos Lupi afirmou que a instituição não recebeu nenhum recurso, mas que mesmo com a denúncia anônima ele irá abrir um inquérito para apurar os fatos.“Também não é verdade, ela (Instituto Êpa) nem recebeu recurso. Eu não vejo fundamento nenhum. Mas de qualquer maneira, mesmo não fazendo pré-julgamento, acho que tem que fazer uma apuração. Já mandei abrir um inquérito sobre esse fato, não acredito na veracidade dele”, completou o ministro.É bom que Lupi tenha tomado a ofensiva no caso. São os acusadores que têm de provar o que dizem, quando apontam atos desonestos. Se há irregularidades, quem participa delas que responda pelo que faz. Agora, não dá para julgar acusações que, até agora, não têm sequer autoria.Se é fato, que se apure e puna. Se é só mais uma “onda”, não vai ser no grito que a Veja, desta vez, vai levar.E nem espere contar com as disputas partidárias para levar água ao moinho de uma nova crise. Ainda há gente que não faz política atacando a honra alheia.Se a Veja tem provas ou indícios além de declarações anônimas, que os publique. Se não tem, que as investigações públicas sirvam de base para responsabilizá-la judicialmente por isso.


Ministro do Trabalho demite assessor especial suspeito de envolvimento em fraude

Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR 
05/11/2011 | 15h55 | Corrupçã
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O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, anunciou na tarde deste sábado o afastamento do coordenador de qualificação da pasta, Anderson Alexandre dos Santos. Ele foi apontado, em reportagem da revista "Veja" deste final de semana, como suspeito de envolvimento em esquema de desvio de recursos federais.
Também neste sábado, reportagem do GLOBO revela que o próprio governo já detectou, por meio da Controladoria Geral da União (CGU), fortes indícios de desvios em convênios do Trabalho com pelo menos 26 entidades em vários estados. Só em Sergipe, a Polícia Federal já abriu cerca de 20 inquéritos e indiciou 20 pessoas suspeitas de envolvimento em irregularidades no uso de R$ 11 milhões, em contrações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).
De acordo com a nota do ministério, "todas as denúncias publicadas neste sábado pela Revista Veja serão apuradas através de uma sindicância interna, que contará com o auxílio dos órgãos de controle externo, além da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, assim como determinou o ministro Carlos Lupi".
O ministro afirmou, por meio da nota, que "o colaborador Anderson Alexandre dos Santos, citado na reportagem, será imediatamente afastado de suas funções até que sejam apuradas todas as denúncias da qual é acusado".
Ao anunciar o afastamento do coordenador de qualificação, o ministério informa que "as denúncias, sem comprovação, devem respeitar o princípio do amplo direito de defesa das pessoas ali citadas, evitando assim qualquer prejuízo à imagem da instituição e de seus funcionários. E complementa afirmando que a pasta "não compactua com nenhum tipo de desvio de recursos públicos".
Na edição da revista Veja, Anderson Alexandre dos Santos é apontado por dirigentes de duas ONGs, a Oxigênio, do Rio de Janeiro, e Instituto Êpa, do Rio Grande do Norte, como um dos servidores públicos que supostamente participariam de um esquema de extorsão na pasta.
Abaixo, lei a íntegra da nota do Ministério do Trabalho:
"O Ministério do Trabalho e Emprego, através desta nota, informa que todas as denúncias publicadas neste sábado pela Revista Veja serão apuradas através de uma sindicância interna, que contará com o auxílio dos órgãos de controle externo, além da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, assim como determinou o Ministro Carlos Lupi;
Que o colaborador Anderson Alexandre dos Santos, citado na reportagem, será imediatamente afastado de suas funções até que sejam apuradas todas as denúncias da qual é acusado;
O Ministério do Trabalho e Emprego também informa que as denúncias, sem comprovação, devem respeitar o princípio do amplo direito de defesa das pessoas ali citadas, evitando assim qualquer prejuízo à imagem da instituição e de seus funcionários;
Por último, o Ministério do Trabalho e Emprego também garante que não compactua com nenhum tipo de desvio de recursos públicos.
Ministério do Trabalho e Emprego"
Da Agência O Globo